
É até estranho quando a gente fala assim: "Confissões de uma mente feminina" quando se carrega tantos signos para isso: a de ser estudante de Ciências Sociais, simpatizante da causa feminista e ser uma mulher. Tudo é relativo e se resume a uma só coisa num dado momento: você e sua experiência do ser feminino.
Sim, porque há uma parte na sua vida em que você age conscientemente somente como pessoa, parecendo um ser meio neutro e se você tem a tendência de neutralizar certos sentimentos, então... Danou-se. Mas aí, chega o momento em que você não pode fugir das coisas, você sente, você sofre, você se conscientiza e você finalmente assimila: Sou mulher.
Sou mulher e também possso ser muitas das vezes, "mulherzinha". E essa fase aparece sempre numa determinada época do mês em que tudo parece ter uma dimensão realmente maior. A menstruação, A TPM, muitas das vezes me faz pensar que é o momento em que mesmo sem querer, eu me permito ser mais eu mesma nesse exato sentido, o de ser mulher e me deixar ser mulherzinha. Mostar para mim mesma toda a fragilidade que eu tento sempre esconder. Quase sempre, eu brinco comigo mesma e com alguns amigos; e me aproprio de certos termos filosóficos-existencialistas e digo que essa é a fase em que eu me permito experimentar o meu "nada". Quando eu me permito fazer a experiência do estar em si mesma.
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